Nesta semana, profissionais da saúde de Petrolina se reuniram na IX Geres, em Ouricuri, para participar de um seminário integrado de atualização sobre investigação de surtos de Doenças de Transmissão Hídricas e Alimentares (DTHA). Representantes da Vigilância Epidemiológica, Vigilância em Saúde, Vigilância Sanitária, Vigilância Ambiental e de Vigilância Epidemiológica Hospitalar estiveram do evento que teve o objetivo de ampliar os conhecimentos dos profissionais que atuam nos municípios e tratam às doenças e surtos que possam acometer os munícipes e como se deve proceder.

As DTHA podem ter origem em diversas fontes, como bactérias e suas toxinas, vírus, parasitas intestinais oportunistas ou substâncias químicas. Os sintomas variam conforme o agente causador, desde desconforto intestinal leve até condições severas, incluindo desidratação grave, diarreia com sangue e até mesmo insuficiência renal aguda. As síndromes geralmente são constituídas de anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia, acompanhada ou não de febre, relacionada à ingestão de alimentos ou água contaminados.

Os sintomas digestivos não são as únicas manifestações, podendo ocorrer afecções extraintestinais em diferentes órgãos, como rins, fígado, sistema nervoso central, dentre outros. Ao identificar algum desses sinais ou sintomas, as pessoas precisam procurar a atendimento médico na rede de Atenção Básica para que o caso seja investigado, até porque surtos de DTHA são de interesse a saúde pública e casos graves podem evoluir a óbito.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Mistério da Saúde, de 2014 a 2023 foram mapeados em todo o Brasil 6874 surtos, atingindo mais de 110.614 pessoas, e destas 12.346 pessoas precisaram de assistência hospitalar e um total de 121 pessoas foram a óbito.

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